terça-feira, 15 de setembro de 2009

Refletindo

Nossa Educação

As vezes fico a me perguntar
como é que vai ficar
A situação da nossa educação.
Quebraram a base racharam o alicerce,
Esqueceram o verbo,
O que é vida, é a palavra
A origem de todas as coisas.
Sinto como devem chorar
Os filosofos, os poetas, os escritores
Como deve se entristecer quem criou o ABC
E os que acreditam na sabedoria
Como é triste saber.
Que governates e governados fizeram trocas
E agora em vez de letras, de notas, se contam votos.
Assassinaram o verbo, mataram a dignidade do homem.
E verbo é a educação,
Donde provem todo saber,
Onde nasce a cultura de um povo
Que bem educado desenvolve uma nação.
Mas esqueceram que a educação
É o desenvolvimento de um país.
Mas esqueceram que a educação
É o desenvolvimento de um país.
Antes, mestres e alunos, ambos, precisavam estudar
Por que professor , pra ensinar, tinha que saber ler e escrever
Agora a carteira profissional é título Eleitoral
E pra se formar pra eleitor,
Não precisa saber ler
Por isso, pra que escola , pra quê?

(Tânia maria sandes)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Resumo analitico sobre a Urbanização Brasileira (Milton Santos)

A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
Em seu livro a Urbanização Brasileira Milton Santos analisa e discute as características do crescimento urbano brasileiro tendo como foco os processos sociais econômicos e territoriais. Aborda a desmetropolização das cidades brasileiras em oposição ao fenômeno de metropolização dominante até meados dos anos 80, responsável pela fragmentação territorial. Devido às mudanças decorrentes desse processo é necessário propor uma teoria de urbanização brasileira como processo, forma e conteúdo dessa forma, para tanto Milton Santos de forma criativa e sagaz trás em seu livro uma abordagem que subsidiará o processo de compreensão da urbanização que segundo ele, ao adquirir um maior grau de complexidade com o passar dos anos não pode mais ser explicada pelos sistemas clássicos.
Todavia Milton Santos problematiza algumas questões tais como:a sobrevivência da maioria dos brasileiros na cidade;a distribuição das pessoas segundo as classes sociais e os níveis de renda ; habitação , mobilidade, educação, saúde, lazer e seguridade social ;A definição dos lugares sociais na cidade , o centro, a periferia, a deteriorização crescente das condições de exigências. Até que ponto seria provido às necessidades básicas da população em detrimento a uma boa qualidade de vida nas cidades neste contexto da urbanização brasileira?
Nesta obra Milton Santos tem como objetivo fornecer um conjunto de estudos sobre a realidade brasileira. Para tanto se faz crítico em sua obra de síntese se debruça sobre as mais variadas analises, porém pretendendo ser obra de síntese apresenta três principais deficiências, como obra de síntese tende a ser critica e não há obra critica que possa se contentar apenas de achados unicamente originais, sem a base de analises que a precedam com idênticas intenções, mesmo que se refiram a épocas passadas. Outro ponto é que mesmo com todo o conhecimento da multiplicidade dos fenômenos sociais e sua desenvoltura de falar sobre estes o autor é um geógrafo seu entendimento é forçosamente orientado. E finalmente a posição do autor dentro do seu próprio campo de estudo leva-o a certas preferências, certos partidos e escolhas, certas formas de busca de um entendimento global que outros autores não adotam como e não podem aceitar. Dessa forma este livro nasce com uma marca nitidamente pessoal, havendo uma preocupação com a coerência dos argumentos a busca de interpretação da realidade com base nos fatos é uma obra intrigante e instigante.
O processo de urbanização no Brasil tem inicio na década de 501 com o aumento populacional e o desenvolvimento do espaço urbano. Os moradores do campo mudam-se para a cidade em busca de melhores condições de vida, surgindo então uma ligação direta entre emprego e metropolização. Mas, ainda antes, durante o século XVIII, a urbanização começa a se desenvolver, se intensificar, então durante o século XIX, principalmente após a Segunda Guerra Mundial. A taxa de urbanização que em 1940 era 26,36% em 1980 alcança 68,86%.
A urbanização está, então, ligada ao processo de industrialização. A criação de uma indústria, fábrica ou empresa, principalmente de grande porte, tende a atrair à região onde se instalou um alto número de pessoas. Ela gera empregos diretos e indiretos, fazendo com que novos imóveis e prestadores de serviços se instalem aos seus arredores. A partir dos anos 1940-1950 a industrialização não pode ser entendida apenas como a criação de atividades industriais, mas também como um processo social complexo, formando um mercado nacional, expandindo o consumo, impulsionando as relações e ativando a urbanização, envolvendo todo o país e acelerando a urbanização das médias e grandes cidades, que são as primeiras a receber estas indústrias.
A cidade não estava e ainda hoje não está preparada para o grande contingente de pessoas que se mudaram do campo. Com o acumulo crescente de habitantes ela se torna grandes área de risco, com altos índices de miséria, desigualdades desemprego violência e outros problemas, principalmente nas metrópoles. A cidade veio crescendo de forma descontinua e sem planejamento, prejudicando seriamente a qualidade de vida ao não disponibilizar a todo o emprego, saúde, educação, habitação e lazer. Milton Santos aponta que não é a cidade a responsável por toda carências, mas outros agentes podemos citar como exemplo o poder público e os proprietários.
Para Milton Santos “Quanto mais intensa é a divisão do trabalho numa área, tanto mais cidades surgem e tanto mais diferentes são uma das outras” (SANTOS). Ou seja, quanto mais uma região produz, mas ela vai se desenvolver, pois criará um maior número de necessidades. Com a intensificação da urbanização, espaços distintos começam a ser criados, identificando seus moradores de formas opostas, divididos entre os bairros de classes baixa média e alta.
Com o crescimento da população e a falta de planejamento das cidades ocorre um grave problema: a segregação, tanto espacial, como social. A primeira está relacionada à valorização excessiva dos imóveis que dispõem dos serviços básicos, como asfalto, saneamento básico e transporte, e uma localização estratégica que facilita o acesso ao trabalho, comércio e lazer, além, ainda, da construção dos conjuntos habitacionais na periferia. A segunda diz respeito a dificuldade de alguns grupos têm para conseguir serviços de melhor qualidade, como escolas, médicos, emprego, cultura e lazer. As duas formas de segregação são extremamente ligadas e concentradas nos grupos com menores rendas.
O Estado, ainda, é responsável pelo planejamento urbano, ou seja, a maneira como o espaço é organizado. Esse planejamento, na maioria das vezes, não é devidamente adequado a toda sociedade. Ele concentra as atividades, tanto comerciais como sociais, em determinado local, colocando a elite a sua volta e afastando os que possuem menores rendas. Assim, o Estado acaba por expressar a influência das classes dominantes, que desejam um espaço particular para sua reprodução social, daí a inviabilidade de um planejamento democrático e igualitário. Ligadas ao planejamento urbano estão as leis de zoneamento. Elas dirigem o uso e a ocupação do solo, separando áreas para comércio, lazer, indústrias e habitações. Neste último nível se dão as desigualdades que são mais marcantes. Ao mencionar um bairro, os seus moradores são automaticamente relacionados a essa separação.
Então, dentro do processo de segregação, surgem problemas, principalmente referentes a questão da moradia: aluguéis altos, imóveis ilegais, periferização e déficit habitacional. Os bairros que possuem acesso fácil as atividades comercias e sociais, como escolas, hospitais e supermercados, se valorizam cada vez mais, impedindo que muitos adquiram um imóvel nesta região. A isso se soma a especulação imobiliária que mantêm imensos vazios na cidade à espera de valorização. Há pouco investimento público no setor imobiliário para habitações populares, onde, muitas vezes, a classe média acaba por ocupar as habitações que eram destinadas a população de baixa renda, graças a burocracia do cadastramento e a dificuldade dessas famílias em pagar a quantia mensal exigida para adquirir um imóvel, mesmo que popular.
Portanto, o processo de urbanização tem altos e baixos. Ele veio para melhorar a qualidade de vida da população e diminuir as distâncias, mas acabou tornando-se uma questão complexa, pois trouxe grandes problemas, que cada vez aumentam mais e se tornam difíceis de serem solucionados, e em seu livro Milton Santos coloca estas questões a partir de sua analise tendo como objetivo fornecer um conjunto de estudos sobre a realidade brasileira.

BIBLIOGRAFIA
Santos.Milton, A urbanização Brasileira. São Paulo: Editora da universidade de São Paulo, 2008
Andréa Taciana dos Santos Silva

Perspectivas Eurocêntrica e a descolonização

Os textos estudados trazem a discussão sobre o eurocentrismo a ocupação e exploração do Espaço Americano e Brasileiro dando um enfoque especial ao Estado de Alagoas. Podemos afirmar que a ocupação e a exploração dentro do território brasileiro, sobre tudo nas regiões do Estado Alagoano, deu-se pelas vias diretas de uma visão gerada a partir de imagens e paisagens exóticas que atraíram a hegemonia européia, que atribuam um significado de valores economicamente posterior.
De forma mais geral e critica o texto de Carlos Walter trata do eurocentrismo europeu e a exploração sofrida pelo continente, americano sobretudo o Brasil e mais ainda Alagoas que devido as suas condições físico- espaciais foi cenário perfeito para o cultivo da cana -de- açúcar para produção e exportação deixando claro que esse desenvolvimento econômico se deu através de muito sangue derramado, tanto pelo extermínio dos verdadeiros donos da terra ( índios ) como através da exploração e condições sub-humanas a que foram submetido os negros conforme Carlos Walter nos fala os engenhos eram movidos a chibatadas. O conhecimento americano foi suprimido, reproduzimos o conhecimento europeu. Acabamos por desconhecer e ignorar nossa própria cultura e até os dias atuais continuamos dependente político- economicamente e um exemplo clássico disto é a nossa carta magna a constituição federal que nasce a partir do modelo americano.
Segundo Lima o elemento português se instalou e venceu pela afinidade com as regiões quentes, dando assim uma visão romântica da ocupação do espaço alagoano. Em seu texto apresenta elementos importantes como a justificativa para esta ocupação o meio físico e fenômeno bio-sociais. Fala sobre a miscigenação que aqui se deu através da mistura de raças e cultura. A exploração agrícola como forma de marcar o território com objetivo de atender o mercado europeu do açúcar e daí aborda a questão das capitanias hereditárias a ocupação especial com os seus lideres impostos espontâneos.
Dantas em seu texto procura alavancar o nome de Alagoas visto que seus índices sociais são de péssima qualidade trabalha a eurocentricidade e ocupação e exploração exaltando as belezas naturais do Estado de Alagoas, seu mar, seus campos com o verde dos canaviais e sua terra fértil. Afirmando assim como Carlos Walter e Lima que a ocupação e a exploração do espaço alagoano foi intencional, pois alagoas oferecia as condições adequadas para o cultivo da cana de açúcar e o desenvolvimentos econômico da colônia exploradora. A tropicalidade na visão eurocêntrica justifica a exploração européia. Tivemos uma conjuntura natural propicia para a exploração.
Portanto cada autor aborda a questão do eurocentrismo ocupação e exploração do espaço americano sobre tudo brasileiro e alagoano com um enfoque diferenciado onde cabe ao leitor com a sua experiência intelectual da sua devida interpretação, o que esta nas entrelinhas cabe o leitor decifrar.

Andréa Taciana dos Santos Silva

Eu sou

Poesia que se perde
Calor abafado
Amor espalhado
Maleando espaço
Lagrima que molha
Lenço que acarecia
Olhar de prece
Que contempla Deus vivo
Mãos que se entregam
A palmatória do destino
A alma desejosa
Do direito de ser feliz.